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Posso usar o protetor solar do ano passado? Como saber se o produto expirou

26 Jul 2023 - 11:12

Posso usar o protetor solar do ano passado? Como saber se o produto expirou

Com a chegada de mais um verão, é hora de tirar as toalhas de praia da gaveta, o guarda-sol do armário e reforçar os cuidados com a proteção solar. Nesta altura, chega também, muitas vezes, a mesma dúvida: posso usar o protetor solar do ano passado?

Em declarações ao Viral, Juan Ocaña, dermatologista no Hospital CUF Cascais e na Clínica CUF Miraflores e Coordenador do serviço de Dermatologia no Hospital CUF Tejo e na Clínica CUF Belém, esclarece todas as questões.

Como saber se um protetor solar já expirou?

protetor solar

Para saber se um protetor solar já expirou não basta olhar para a data de validade indicada no produto. É necessário procurar na embalagem o símbolo do boião aberto que, tal como explica o coordenador do serviço de Dermatologia no Hospital CUF Tejo, indica durante quanto tempo o produto “pode ser usado após a abertura”.

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Por exemplo, se dentro deste símbolo (ver imagem abaixo) ou junto dele estiver escrito “12M”, significa que, independentemente da data de validade do protetor solar, o produto só deve ser usado até 12 meses após a abertura da embalagem.

boião aberto protetor solar

Caso o produto não tenha qualquer indicação, “devemos ter em conta que, regra geral, não devem ter passado mais de seis meses a um ano desde a sua abertura”, adianta Juan Ocaña.

O médico sublinha ainda que “existem numerosos produtos que, mesmo após a data de validade, se mantêm idênticos ao momento de abertura”. Por isso, há “alguns sinais que podem indicar em certas situações que o produto já não deve ser usado, tais como um creme apresentar líquido ou, por exemplo, ter ficado mais escuro”, o que “pode indicar que oxidou”.

Noutro plano, “o mau-uso” do produto – “que pode ser, por exemplo, não o deixar em condições idóneas” ou deixá-lo “aberto” – pode também levar à danificação precoce do protetor solar.

Em suma, por norma, utilizar o protetor solar do ano passado neste verão não é uma prática aconselhável.

Quais as consequências de usar um protetor solar fora do prazo?

protetor solar

A principal consequência de usar um destes produtos fora do prazo “é que o protetor solar não realiza a sua função”, começa por alertar o dermatologista. Ou seja, “a pessoa vai aplicar algo que já não a está a proteger contra as radiações solares, portanto, vai queimar a pele”, avisa.

Para mais, salienta Juan Ocaña, “tal como qualquer produto estragado aplicado na pele, pode provocar algum processo irritativo na mesma”. 

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Qual a importância de usar um protetor solar em boas condições?

protetor solar

Na perspetiva do dermatologista “os três pilares de uma correta fotoproteção são: respeitar o horário solar, o vestuário e os protetores solares”. 

Juan Ocaña começa por referir que, hoje em dia, nas aplicações do tempo dos telemóveis, “qualquer pessoa tem acesso ao índice UV”. 

Segundo o médico, “um índice UV até 5 é considerado moderado e a partir de 6 já é alto e, neste caso, devemos evitar a exposição solar”. 

Sempre que há exposição ao sol, deve-se, por um lado, usar o vestuário apropriado, “que se trata não só da roupa adequada à época do ano, mas também inclui chapéu e óculos de sol”, aponta.

Por outro lado, “a proteção ativa com o protetor solar” é fundamental. O produto “deve ser aplicado sempre em toda a área exposta ao sol, independentemente do índice UV”. 

Regra geral, “os protetores solares de 50+ devem ser os utilizados sempre ao princípio da época balnear – independentemente do fototipo de cada pessoa – e durante toda a época em indivíduos com fototipos baixos e com pouca capacidade de bronzear”, explica.

Depois, “as pessoas com capacidade de bronzear alta e que bronzeiam rapidamente podem utilizar um protetor solar 30+”. 

O mais importante, segundo Juan Ocaña, “é evitar os escaldões ou queimaduras solares a 100%, sendo que o sol é cumulativo e a pele tem memória”. 

Além disso, o excesso de sol proporciona “um elevado risco de envelhecimento precoce da pele e desenvolvimento de cancro de pele”. 

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Por fim, “se tem um fototipo de maior risco, muitos sinais e história familiar de cancro da pele, é importante consultar com frequência o seu médico assistente”, já que “uma avaliação precoce pode permitir um aumento do êxito na cura”, conclui.

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Pele

26 Jul 2023 - 11:12

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